A RHMED|RHVIDA deu início na quarta-feira (17/06) a um novo canal de comunicação com clientes, parceiros e colaboradores. Com temas voltados à prevenção e ao controle do novo coronavírus na abertura da economia pós-isolamento social, a série de encontros virtuais “Diálogos RHMED|RHVIDA” discutiu temas relevantes para a volta ao trabalho presencial, priorizando fundamentalmente dois aspectos: saúde e segurança no ambiente de trabalho em tempos de pandemia.
Na estreia da série, mediada pelo CEO da empresa, Antonio Martin, participaram do debate o dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), o dr. Evaldo Stanislau, médico infectologista do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e a dra. Marcia Fiore, médica do trabalho, otorrinolaringologista e diretora técnica da RHMED|RHVIDA.
Na abertura da transmissão, Martin chamou a atenção para a multiplicidade de atividades econômicas e a necessidade de criar procedimentos específicos direcionados a cada perfil de empresa. O CEO da RHMED|RHVIDA frisou a importância de compartilhar acertos e erros: “Temos aprendido com os nossos acertos, mas também com os erros. Estamos aqui para somar experiências”, resumiu.
Para a dra. Marcia Fiore, a primeira providência das empresas na volta ao trabalho deve ser o planejamento de um criterioso plano de contingência, que inclua entre suas estratégias a criação de comitês internos associados à direção da empresa e a comissões (Cipa, por exemplo). Estabelecer ações abrangentes voltadas à análise e à avaliação de risco, mapeamento de casos (suspeitos e confirmados) e protocolos operacionais de prevenção da doença. Como bater ponto? O que fazer com os bebedouros? Quase tudo vai precisar ser reavaliado.
A definição dos grupos de risco – pessoas com mais de 60 anos, hipertensos, obesos, diabéticos e pessoas com imunodeficiência – e monitoramento permanente dessa população por meio de exames clínicos e de plataformas de controle podem fazer toda a diferença, acredita a dra. Marcia. O controle da temperatura corporal no acesso às empresas também é essencial no combate à disseminação da covid-19.
“De acordo com o setor de atuação, cada empresa reúne suas necessidades e especificidades. Porém, há procedimentos de comprovada eficácia, como flexibilização de horários, estratégia de turnos alternados e o prolongamento do teletrabalho para determinadas funções”, disse.
Quanto à prevenção, Marcia recomenda práticas que minimizem o risco no ambiente de trabalho. Criar barreiras físicas à transmissão da doença, incentivar o distanciamento de, pelo menos, dois metros entre os postos de trabalho e a distribuição de EPIs aos colaboradores (máscaras, escudos faciais de acrílico e luvas, por exemplo) são fundamentais. “Entendo que reuniões presenciais devem ser abolidas”, afirmou.
O dr. Evaldo Stanislau chamou a atenção para o fato de estarmos numa pandemia, o que exige uma dinâmica diferente de tudo que já havia sido empregado na preservação da saúde dos colaboradores, de seus familiares e da sociedade em geral. “Tudo é muito inédito. Cada dia há uma nova informação sobre a doença”, observa. E completou: “O certo é que o vírus se transmite por proximidade. Sabemos também que ele sobrevive no ar por algum tempo e que, por isso, ambientes fechados são mais propensos à sua propagação. Portanto, o distanciamento e as barreiras físicas entre as pessoas no ambiente de trabalho são imprescindíveis. É um vírus de rápida transmissão, que atinge de formas diferentes as pessoas. As empresas devem planejar protocolos e buscar o diagnóstico precoce da doença em seus quadros, a fim de evitar a disseminação em suas equipes”, aconselha.
Segundo o patologista, não são só os sintomas dos funcionários que devem ser observados, mas também os de seus contatos. “É uma doença sistêmica, que atinge não só as vias aéreas, mas que compromete o funcionamento de diferentes órgãos, com consequências ainda desconhecidas no longo prazo. Ainda não sabemos quais serão as sequelas e como as empresas terão que aprender a lidar com elas. A detecção precoce e o monitoramento são importantes não só nos grandes centros, mas também em regiões mais remotas, onde a infraestrutura hospitalar é menor”, pondera, lembrando ainda que de 80% a 85% dos infectados apresentam sintomas brandos ou são assintomáticos.
Para dr. Stanislau, a telemedicina é uma importante aliada, especialmente em regiões remotas. “É preciso pensar na volta ao trabalho com antecedência e buscar todos os reforços possíveis – clínicos, estratégicos e operacionais – para zelar pela segurança e saúde dos trabalhadores”, recomendou.
Também defendendo atrações de prevenção, o dr. Carlos Eduardo falou de sua própria experiência, explicando que o vírus pode manter o poder de contágio mesmo após o prazo de quarentena. “A evolução não é a mesma, varia de paciente para paciente. Alguns apresentam alta concentração do vírus, que se estende por semanas. Eu, por exemplo, tive um conjunto de sintomas e há pessoas que não dão qualquer sinal de que tiveram contato com a doença, mas, mesmo assim, são capazes de transmiti-la”, esclareceu.
O infectologista diz que diferentes fatores podem ser levados em conta na volta às atividades econômicas. As empresas grandes, segundo ele, devem optar pela testagem padrão ouro, capaz de avaliar a presença do vírus mesmo nos assintomáticos. De acordo com o dr. Carlos Eduardo, muitas organizações compraram testes sem qualquer pesquisa, consulta a especialistas ou planejamento. “A compra pode ter sido em vão, já que há testes rápidos que detectam só a presença de anticorpos. Ou seja, há uma janela perigosa capaz de levar à contaminação de mais pessoas na empresa. É o chamado falso negativo”, disse.
Além da testagem, ele recomenda a triagem clínica na volta ao trabalho, com a observação de todos os protocolos de proteção já citados pelos demais debatedores.
Confira a estreia da série “Diálogos RHMED|RHVIDA” na íntegra, acesse o link aqui.
RHMED|RHVIDA torna-se signatária da Rede Brasil do Pacto Global da ONU
/em Artigos, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosA empresa especializada em saúde e segurança do trabalho RHMED RHVIDA finaliza 2020 como signatária da Rede Brasil do Pacto Global da Organização das Nações Unidas. A iniciativa visa encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade.
Ao aderir ao Pacto Global da ONU, a empresa assume publicamente o compromisso de implantar princípios ligados aos direitos humanos, direitos do trabalho, proteção ambiental e combate à corrupção, bem como prestar contas à sociedade, com publicidade e transparência, dos progressos que está fazendo no processo de implantação dos princípios.
“A RHMED RHVIDA já vinha fazendo um intenso trabalho nesse sentido, mas ainda como um projeto interno. Criamos, inclusive, programas de prevenção e promoção de cuidados com a saúde mental e a saúde da gestante, ambos ligados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU e já sendo implementados por alguns de nossos clientes. É, portanto, com muita honra que nos tornamos parte desse importante grupo de empresas comprometidas com o futuro das nossas gerações”, diz Luiza Dannenberg, Diretora de Inovação e Atenção Primária e responsável pelo projeto dentro da empresa.
Criada em 2003, a Rede Brasil responde à sede do Pacto Global, em Nova York, e preside o Conselho das Redes Locais na América Latina. Atualmente é a 3ª maior rede do mundo, com mais de 1.100 organizações comprometidas com os dez princípios. Os projetos conduzidos no país são desenvolvidos dentro das seguintes Plataformas de Ação: Água e Saneamento, Alimentos e Agricultura, Energia e Clima, Direitos Humanos e Trabalho, Anticorrupção, Engajamento e Comunicação e ODS (esta última para engajar as empresas em relação à Agenda 2030). Além disso, existem os programas internacionais e institucionais, que não estão vinculados diretamente às plataformas. Estão em andamento mais de 30 iniciativas nessas plataformas, que contam com o envolvimento de centenas de empresas, assim como agências da ONU e agências governamentais. Mais informações estão disponíveis na aba Iniciativas.
O Pacto Global é a maior iniciativa de sustentabilidade corporativa do mundo, com cerca de 14 mil membros em quase 70 redes locais, que abrangem 160 países.
Hoje é Dia do Técnico de Segurança do Trabalho
/em Artigos, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosHoje celebramos o Dia do Técnico em Segurança no Trabalho. A data é uma justíssima homenagem a profissionais cujo trabalho é essencial não só para o bom andamento das empresas como para o bem-estar dos colaboradores. Trata-se também de uma forma de lembrar a lei nº 7410, criada neste mesmo dia, há 35 anos, para regularizar a atividade.
Os técnicos de segurança no trabalho se certificam diariamente, várias vezes ao dia, de que todas as medidas preventivas estão sendo cumpridas à risca. São trabalhadores que cuidam de outros trabalhadores, com todo cuidado. Tentam garantir que a saúde dos funcionários não seja afetada pelas atividades ocupacionais cotidianas. Mesmo durante a pandemia, com a maior parte das empresas em esquema de home office, o trabalho desses profissionais se manteve crucial.
RHMED|RHVIDA passa a palavra a quem faz
Para entender melhor a importância desses profissionais dentro das corporações, conversamos com o técnico de segurança do trabalho Ari Wellington, supervisor da área na RHMED|RHVIDA.
AMOR PELA ÁREA
Meu interesse pela ST surgiu em 2008. As oportunidades que no mercado se casavam com aquilo que eu gostava de fazer. E a organização que primeiro abriu as portas para mim foi a RHMED|RHVIDA. Trabalho como supervisor da área de Segurança do Trabalho da empresa desde 2013, junto com o gerente da área, Carlos Meneses. Estou feliz com a parceria.
GENTE É PRIORIDADE
Em primeiro lugar, é preciso gostar das pessoas, porque farão parte da sua rotina o tempo inteiro. Torna-se fundamental uma boa relação interpessoal e a capacidade de se comunicar. É preciso ainda manter a curiosidade em relação à função, estar sempre atualizado, buscar conhecimento.
SOLUCIONADOR
A principal habilidade é que o técnico de Segurança de Trabalho seja um solucionador hábil, pois ele vai lidar com problemas de todo o tipo, boa parte do tempo. Quando há um processo seletivo, procuramos principalmente essa característica nos candidatos.
CAPITAL HUMANO
Máquinas você conserta, substitui. Mas a vida e a integridade física, emocional e cognitiva do colaborador, não. Então, o bem maior de uma empresa são os seus colaboradores. A valorização da vida por meio do cumprimento das normas de segurança mostra e assegura a esses profissionais o quanto eles são importantes para a companhia.
IMPACTO POSITIVO
Quando a empresa é séria e tem a ST como valor, o seu colaborador se sente reconhecido, valorizado e cuidado. Isso passa uma imagem positiva da empresa interna e externamente. E tem reflexos na sociedade em geral, nas famílias, no entorno. Todos saem ganhando.
ATUALIZAÇÃO DE NORMAS
Antes da pandemia, já havia um movimento no Brasil de atualização das normas. Ele estava parado desde 1978. Agora, a cultura de segurança tende a mudar com a implementação do Programa de Gerenciamento de Risco, que começa em agosto.
MUDANÇAS COM A PANDEMIA
As empresas foram obrigadas de um dia para outro a se repensar, a ter uma visão mais apurada de valorização do que ela tem de bem maior que é o seu colaborador. O trabalho em home office é um desafio imenso, não só em relação à ergonomia física, mas principalmente da cognitiva.
E O FUTURO?
Muita coisa está mudando e o que se coloca em questão de ação do governo é, literalmente, ampliar ações de segurança. Essa visão mais abrangente da área de segurança enquanto sistema de gestão de risco, e não apenas uma área que gera documento, vai conseguir abranger todas as empresas independentemente do seu grau de risco, cada um vai ter as suas obrigações com relação à ST. Acredito que todos ganharão com esta ampliação. Colaboradores e empresas.
Burnout: Saúde Mental está na ordem do dia
/em Artigos, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosPassado o Setembro Amarelo, não podemos deixar para trás a preocupação com a saúde mental. A campanha é um esforço para dar visibilidade tema, mas o que importa mesmo é como lidamos com tais problemas no dia a dia. Discutir o assunto é cada vez mais urgente, especialmente em um momento em que o mercado retoma suas atividades presenciais depois de longa período de isolamento social e incertezas.
Casos de estresse e esgotamento mental têm sido mais frequentes, mesmo em esquema home office, comumente associado a condições amenas de trabalho. Recente pesquisa do International Stress Management Association (Isma) indica que o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout, cuja características principal é o alto nível de estresse.
A RHMED|RHVIDA entende que, para além dos protocolos sanitários essenciais, é crucial zelar pela saúde psicológica dos colaboradores neste momento. Para os clientes que nos sinalizaram crescente preocupação em relação ao acolhimento adequado de suas equipes, disponibilizamos uma ferramenta para a avaliação da saúde mental como complemento dos exames ocupacionais, a fim de identificar precocemente algum transtorno. Temos a responsabilidade de levar qualidade de vida aos trabalhadores e às suas famílias.
A Síndrome de Burnout atinge mais de 33 milhões de brasileiros
O cenário de estresse intenso ocasionado pela pandemia, pelo período de isolamento e as atuais condições de trabalho é um motivo de preocupação para especialistas em saúde e líderes empresariais.
A síndrome se caracteriza por picos de estresses recorrentes, exaustão, sentimentos negativos em relação ao trabalho e esgotamento mental. É um déficit psicológico desencadeado por enorme tensão emocional crônica.
De acordo com a Isma, no ano passado, antes mesmo da pandemia, 33 milhões de pessoas já eram afetadas pela síndrome no Brasil. Os números são tão alarmantes que, a partir de 2022, será inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11).
E quais os sinais do Burnout? Desinteresse pelo trabalho, falta de concentração, baixa autoestima, lapsos de memória, irritabilidade, insônia, fadiga, desânimo e dores pelo corpo são apenas alguns do sintomas. O diagnóstico da doença – já reconhecida como laboral – não é algo fácil, pois se assemelha a várias outras, como depressão, ansiedade e pânico. Dois fatores surgem como determinantes: genética e ambiente.
Todos juntos no combate à doença
As empresas têm responsabilidade fundamental na criação e manutenção de um clima saudável, com relações respeitosas. Fortalecer uma cultura corporativa saudável e seguir os padrões de compliance são formas de garantir uma governança corporativa eficiente. Ações educativas, palestras, campanhas, treinamento, canais de escuta e ouvidoria, monitoramento e punição em casos de abuso são ações mais que bem-vindas, são necessárias.
O comprometimento da alta gestão é fundamental. Os líderes podem e devem incentivar uma cultura corporativa sadia e se manterem atentos para qualquer sinal de desequilíbrio emocional dentro das suas equipes.
Essa cultura saudável tem como consequência um ambiente agradável, capaz de reter colaboradores eficientes. Além disso, maiores lucros. Quando adoecem, os trabalhadores faltam, produzem menos ou se afastam do trabalho. Isso gera custos previdenciários, de contratação e treinamento de substitutos, baixa de produtividade, entre outros. Identificar precocemente algum transtorno, orientar e acompanhar os trabalhadores para restabelecer o seu bem-estar é benéfico para empresas, funcionários e sociedade, como um todo.
Imagem: Fonte OMS
DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO
/em Artigos, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosA Federação Mundial do Coração chama a atenção para a necessidade de conscientizar e incentivar indivíduos, famílias, comunidades e governos para criar uma comunidade global de heróis do coração – pessoas que prometem agir agora para viver mais e melhor no futuro, comprometendo-se a consumir alimentos saudáveis; fazer exercícios físicos; não fumar; controlar os níveis de colesterol.
As doenças cardiovasculares podem afetar o coração e os vasos sanguíneos, destacando-se a doença arterial coronariana, que envolve dor no peito e infarto agudo do miocárdio, sendo esta a maior causa de morbimortalidade no mundo. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 300 mil indivíduos por ano sofrem Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), ocorrendo óbito em 30% desses casos.
Os principais fatores de risco para eventos cardiovasculares são: hipertensão, diabetes, dislipidemia (níveis elevados de gordura no sangue), histórico familiar, estresse, tabagismo, obesidade, sedentarismo e doenças da tireoide. O uso de drogas ilícitas, como a cocaína, também pode levar ao infarto agudo do miocárdio. Os jovens devem procurar o cardiologista mais precocemente, objetivando a identificação de qualquer sinal de alerta, enfatizando que o tabagismo pode desenvolver doença coronariana, independente dos demais fatores de risco envolvidos.
Prevenção:
A melhor prevenção é ir ao cardiologista e seguir suas orientações:
Coronavírus e doenças cardiovasculares
A infecção viral leva a uma série de reações responsáveis por desequilibrar doenças cardiovasculares que antes estavam compensadas. Segundo Dr. Felix Ramires, cardiologista e coordenador do programa de Insuficiência Cardíaca do HCor, pacientes com doenças cardiovasculares prévias têm, por vezes, alterações em seu sistema imunológico além de um estado inflamatório crônico latente, o que pode agravar a evolução da doença. Em pandemias passadas por vírus respiratórios, a mortalidade por doenças cardiovasculares chegou a ultrapassar todas as outras causas, ficando à frente da pneumonia em outras situações.
“Pacientes com doenças crônicas, hipertensão, diabetes e que já tiveram alguma doença cardíaca como infarto ou passaram por alguma cirurgia cardiovascular ou que tem insuficiência cardíaca, são um grupo de maior risco. Nesse grupo existe uma predisposição para desenvolver a forma grave da doença, não especificamente para ser contaminado pelo covid-19”, orienta.
Cuidados com os cardiopatas
O cuidado é o mesmo para todos. Porém, como este é o grupo de pacientes que tem o maior risco de desenvolver a forma grave da doença, mesmo tendo apenas hipertensão ou diabetes, a prevenção deve ser dobrada, para que eles não adquiram a doença. “Portanto, devem evitar aglomerações, sempre que possível trabalhar de casa, evitar contato próximo com pessoas que voltaram de viagem de lugares onde o surto esteja mais prevalente.Isolamento domiciliar deste grupo é mais recomendado para que não sejam contaminados com o vírus”, explica Dr. Ramires.
Além disso, outras pandemias virais como SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) causaram miocardite e insuficiência cardíaca de rápida progressão, assinalando que o coronavírus pode ter potência de infectar o coração isoladamente. “Esses vírus foram implicados em descompensação de doença arterial coronariana com ruptura de placa e infarto agudo do miocárdio.
O Ministério da Saúde inclusive antecipou a campanha da vacinação contra a gripe no Brasil. É fundamental que essa população se vacine, pois a gripe pode ser confundida com os sintomas da infecção pelo COVID–19. E um fator preocupante é a infecção combinada de coronavírus e influenza, que pode agravar a saúde do paciente”, diz.
Quando devo procurar o pronto-socorro?
Quando apresentar sintomas de gripe, febre e cansaço, falta de ar e fadiga, no caso dos cardiopatas, se esse diagnóstico for precoce, o tratamento pode ajudar de forma que não desenvolvam a fase mais severa do coronavírus.
Dicas do cardiologista do HCor em relação ao coronavírus
Pelo seu alto poder de contágio, além de permanecer por muito tempo fora do corpo humano, as medidas de prevenção pessoal, como lavagem das mãos por exemplo, são prioridade e devem ser estimuladas em pacientes cardiopatas, principalmente em locais onde o foco de contaminação é maior.
“Idosos têm menos probabilidade de apresentar febre, portanto quadro com tosse, dispneia, mialgia deve ser valorizado nessa população. Os tratamentos sugeridos em diretrizes para pacientes cardiopatas podem oferecer proteção adicional nesses casos e devem ser avaliados individualmente. As vacinas de gripe e pneumonia devem estar em dia nessa população, com o objetivo de evitar uma infecção secundária caso acometido pelo novo coronavírus”, diz o cardiologista do HCor.
FONTE: OMS, Ministério da Saúde e Hospital do Coração – Hcor (Dr. Félix Ramires)
RHMED|RHVIDA oferece psicoterapia in company aos clientes
/em Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosCom ampla experiência em cuidar de pessoas, a RHMED|RHVIDA se empenha há mais de duas décadas na tarefa de aumentar a qualidade de vida dentro – e fora – das empresas. O objetivo é fazer com que o ambiente organizacional ofereça condições favoráveis ao trabalho e a uma relação interpessoal saudável entre líderes e colaboradores. Desde setembro de 2019, passamos a oferecer acompanhamento psicológico para os funcionários de nossos clientes. O serviço sofreu adaptações em razão da pandemia de Covid-19 e se mostrou fundamental para assegurar o bem-estar dos trabalhadores e garantir a produtividade, mesmo em um período tão delicado.
Para detalhar melhor como funciona a psicoterapia, conversamos com duas profissionais de APS e Inovação da RHMED|RHVIDA, área coordenada pela diretora Luiza Dannenberg.
Iraci Rolim Garcia, psicóloga e neuropsicóloga clínica, com experiência de 10 anos na área, e Mayara Oliveira Melo, também psicóloga, com seis anos de atuação no campo da psicanálise e saúde mental, se dedicam exclusivamente ao atendimento de uma grande empresa de cosméticos. Até as regras de isolamento social, elas faziam sessões in company nos ambulatórios da companhia, tanto na capital quanto nas unidades do interior.
Sessões breves nas empresas permitiram acompanhamento
O atendimento in company foi necessário depois de observado um aumento no número de afastamentos causados por crises de ansiedade, transtorno bipolar, burnout, estresse e síndrome do pânico, entre outros. A equipe médica da empresa passou a encaminhar os casos a psicólogos externos. Porém, pela dificuldade em monitorar o tratamento externo e o resultado, houve necessidade de acionar a área de APS e Inovação da RHMED|RHVIDA para buscar, em conjunto, uma solução mais adequada e eficaz.
A partir daí, Iraci e Mayara passaram a fazer atendimentos no ambulatório da empresa de cosméticos, minimizando os impactos dos problemas socioemocionais, que são os maiores causadores de afastamento e absenteísmo nas companhias.
Iraci, que atende no ambulatório da empresa na capital paulista desde setembro de 2019, explica o serviço oferecido é a psicoterapia breve. “Há um trabalho conjunto com os médicos da empresa, que encaminham e endereçam, com muito cuidado, os colaboradores que necessitam de acompanhamento psicológico. O funcionário, durante o processo, trabalha com um número de sessões pré-determinadas e foco em uma questão. Até o momento, já foram direcionados 58 colaboradores” explica.
Mayara, que atende no interior de São Paulo, esclarece que se trata de uma terapia de curto prazo, direcionada. “Em um ano, já foram encaminhados 52 pacientes”, informa.
Surgimento da Covid-19 exige adaptações
Por conta da pandemia, a RHMED|RHVIDA disponibilizou uma plataforma de telemedicina para atendimento da psicoterapia breve, além do presencial no ambulatório. “Algumas pessoas já sofriam com doenças socioemocionais antes da Covid. Com a pandemia, os quadros se agravaram. Percebemos aumento de sentimentos como medo, tristeza e ansiedade. As incertezas em relação ao futuro potencializaram também a sensação de inutilidade”, observa Iraci.
Para Mayara, às crise de ansiedade e outros distúrbios se somaram o medo de contrair a doença e a dor pela perda de familiares ou amigos. “A vulnerabilidade e o luto levaram muitos colaboradores a buscarem a terapia”, constata.
RHMED|RHVIDA incentiva campanha Setembro Amarelo
Mesmo ainda sendo tabu, Iraci destaca que o Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, abriu espaço para o debate sobre o tema. Ela estimula que as empresas criem um canal em que o trabalhador possa assistir a palestras ou mesmo conversar com um psicólogo.
Mayara acredita que as empresas precisam se preocupar como alinhamento aos ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU – relacionados aos tópicos de promoção de um Ambiente de Trabalho saudável. “Vivemos coletivamente e o que acontece com o outro nos afeta diretamente. Mãos unidas, soluções encontradas. A empresa que não entender isso e não cuidar da saúde mental de seus colaboradores poderá perder espaço no mercado. As que já perceberam e têm colocado em prática esse cuidado vão crescer”, observa.
RHMED|RHVIDA amplia serviço de desinfecção na volta ao trabalho presencial nas empresas
/em Coronavírus, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosCom a retomada de grande parte das atividades econômicas e a volta gradual à jornada presencial, a RHMED|RHVIDA adequou e ampliou seus serviços para garantir o bem-estar de colaboradores internos e de empresas clientes à nova realidade do ambiente corporativo. Por meio de rigoroso planejamento, que inclui pesquisa, parcerias e tecnologia, tem sido possível cuidar da segurança dos trabalhadores, com excelentes resultados, em diferentes áreas de atuação.
Além dos serviços de inspeção, monitoramento e triagem dos funcionários por app – com criação da Central Saúde em Dia, telemedicina e alocação de profissionais de saúde -, houve a incorporação de desinfecção em postos de trabalho nas unidades da própria RHMED|RHVIDA, assim como nas de clientes.
Manutenção dos processos necessita de engajamento de colaboradores
O gerente de Segurança do Trabalho da RHMED|RHVIDA, Carlos Meneses, destaca a importância da desinfecção nas empresas atualmente, com o retorno das equipes ao espaço físico das organizações.
“Começamos a desinfecção com demandas específicas, voltadas às empresas de atividades essenciais, que não puderam interromper suas jornadas presenciais totalmente. A partir daí, os clientes começaram a ver a necessidade e a importância do nosso trabalho. No retorno das equipes às corporações, a desinfecção se tornou uma grande aliada na prevenção e no controle de transmissão da doença”, explica Carlos.
O gerente de Segurança do Trabalho diz ainda que cada empresa, atividade e situação exige um modelo personalizado. Segundo ele, a desinfecção emergencial, por exemplo, é necessária quando são registrados casos de contaminação pela Covid-19 na empresa. “Ao se identificarem casos, atuamos de forma rápida para garantir o ambiente mais seguro às demais pessoas”, completa.
De acordo com Carlos, o foco inicial foram atividades críticas que necessitavam de uma resposta urgente e eficaz. “Fizemos parceria com uma empresa especialista em desinfecção para que pudéssemos atender a setores mais remotos ou críticos, como no caso de Offshore. Conseguimos dar resposta rápida, já que nossa equipe parceira acumula muita experiência em processos de desinfecção, até mesmo em nível internacional. Quando somos acionados com um caso de coronavírus, nossas equipes fazem desinfecção com saneantes e quaternárias, substâncias regulamentadas pela Anvisa. As emergências têm prazo de, no máximo, 48 horas para serem atendidas”, relata Carlos.
Ele lembra que a desinfecção, por si só, não é capaz de evitar a disseminação do vírus numa empresa. Para ele, o processo exige manutenção diária, com limpeza criteriosa nas superfícies de contato, como maçanetas, corrimãos, teclados etc. “É o que chamamos de desinfecções diárias. Já a desinfecção maior, que é o serviço que prestamos, faz parte desse todo, sendo feita mensalmente e complementando a limpeza e desinfecção diárias”, esclarece o gerente de Segurança.
No processo diário, o engajamento dos colaboradores na rotina de higienização dos postos de trabalho é fundamental, com aplicação frequente de álcool nas superfícies. Boas práticas de higiene pessoal, como lavar as mãos constantemente, usar máscara e manter o distanciamento social, são igualmente importantes.
Dicas para tornar o ambiente de trabalho seguro:
– Medir temperatura dos colaboradores na entrada do trabalho.
– Instalação de dispersores de álcool gel 70%.
– Ações de conscientização das equipes por meio de circulação de informação confiável.
– Fornecimento de EPIs adequados.
– Monitoramento das equipes para saber se estão seguindo as normas corretamente.
– Reforço da obrigatoriedade da distância mínima entre as pessoas.
– Definição e análise dos sanitizantes certificados pela Anvisa.
– Descarte e coleta de resíduos com cuidados redobrados.
RHMED|RHVIDA aplica testes rápidos de Covid-19
/em Coronavírus, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosVolta ao trabalho com segurança e saúde. Após o longo período de isolamento social, em virtude da pandemia de Covid-19, a RHMED|RHVIDA adequou orientações e práticas à nova realidade corporativa. Com mais de 20 anos de presença no mercado e um milhão de vidas sob gestão, a empresa tem aplicado testes rápidos em seus clientes. Somente no ramo varejista, em cinco grandes empresas do setor, foram realizados 6250 testes.
A medida, possível graças à parceria com laboratórios credenciados, começou em maio, durante a fase mais crítica de disseminação da doença, e consiste na coleta de uma pequena amostra de sangue do dedo para detectar a presença de anticorpos IgG e IgM. O resultado – interpretado por um profissional de saúde – é conhecido em 10 a 30 minutos e leva em consideração também informações clínicas, sinais e sintomas relatados pelo colaborador.
Segundo Cristiane Motta, coordenadora da Área de Atendimento da RHMED|RHVIDA, os testes são aplicados por médicos ou técnicos de enfermagem. No primeiro caso, se o exame der positivo, o funcionário já recebe todas as orientações necessárias sobre isolamento, agravamento de sintomas e medidas sanitárias para evitar o contágio de outras pessoas. Caso o teste tenha sido aplicado por técnicos de enfermagem, a consulta médica é feito por teleatendimento. Há ainda a possibilidade de realizar monitoramento do paciente.
Cristiane Tonello, Gerente da Área de Atendimento da RHMED|RHVIDA comenta que o novo serviço já é uma realidade para clientes de todos os segmentos. “Vimos que poderíamos fazer mais por nossos clientes logo no começo da pandemia. E eles estão muito satisfeitos porque sabem que estamos sempre a postos para atendê-los da melhor maneira possível”, afirma.
Medidas de prevenção e segurança nas empresas
Além do teste rápido, a RHMED|RHVIDA incorporou aos seus procedimentos inspeção das medidas de proteção; desinfecção e sanitização de áreas afetadas; monitoramento e triagem de colaboradores por app; criação da Central Saúde em Dia /telemedicina e alocação de profissionais de saúde e segurança para realização de serviços diversos.
Dia Nacional do Psicólogo: a importância de manter a mente saudável
/em Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosCuidar da saúde mental é tão essencial quanto zelar pelo bem-estar físico. Mens sana in corpore sano (mente sã num corpo são), como diriam com toda propriedade os antigos, se tornou um mantra em boa parte da sociedade atual, principalmente nos conturbados e incertos tempos de pandemia. Por isso, hoje (27/08) queremos celebrar o Dia Nacional do Psicólogo e prestar nossa homenagem ao profissional que analisa profundamente o comportamento humano e nos mune de ferramentas apropriadas para enfrentar os problemas emocionais e as aflições que nos acometem no dia a dia.
No Brasil, a data é comemorada desde 1962, quando o então presidente da República, João Goulart, sancionou a Lei nº 4.119, que dispõe sobre a profissão de psicólogo. A orientação e a fiscalização do exercício da atividade estão a cargo do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia, criados pela Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971.
Psicóloga da RHMED|RHVIDA fala sobre saúde mental na pandemia
Segundo Amanda Tavares, psicóloga da RHMED|RHVIDA há sete anos, um dos principais pontos de sustentação do exercício da profissão está em saber ouvir o outro. Ela afirma que vivemos um momento especialmente delicado por conta da pandemia, das adequações ao isolamento social e ao trabalho remoto. “No início, o principal sintoma era a ansiedade, tudo era muito novo e, claro, havia o medo de não conseguir cumprir suas tarefas. Já, para as pessoas que tiveram a doença, verifico que o temor é o de adoecer novamente. Existe um trauma que não pode ser minimizado”, explica Amanda.
A psicóloga da RHMED|RHVIDA explica que a empresa oferece um serviço de avaliação psicológica aos clientes. De acordo com Amanda, é importante que a organização saiba o perfil de quem está contratando e também que o acompanhe em diferentes momentos de sua trajetória na empresa. “Quanto mais frequente for o monitoramento, mais chance de detectar problemas psicológicos em estágio inicial”, observa.
Para ela, o psicólogo terá um papel fundamental para que as pessoas voltem às suas rotinas neste “novo normal”. Amanda aconselha que o colaborador reserve um tempo para fazer as coisas de que mais gosta: “É importante que cada empresa tenha um olhar voltado para um acolhimento motivacional, engajador. Mas é preciso ainda estimular que o funcionário, mesmo remotamente, estabeleça uma rotina saudável, normal, na medida do possível. Se alimentar bem, com calma, praticar exercícios físicos, buscar lazer com família em casa -, e não se expor demais às informações sobre a pandemia. Tudo isso, claro, sempre seguindo todos os protocolos de prevenção”.
Combate à depressão está entre as prioridades no país
O Ministério da Saúde anunciou no último dia 24/08 o programa “Mentalize”, uma iniciativa voltada à promoção da saúde mental. Os representantes da pasta declaram que o objetivo é reforçar o atendimento diante de situações colocadas pelo novo coronavírus.
O programa consiste em campanha de esclarecimento, oferta de materiais e realização de atividades de sensibilização da população sobre a importância de cuidar de sua saúde mental e procurar avaliações, caso identifique sintomas aos primeiros sinais de ansiedade e depressão.
Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) indica que 5% da população mundial, algo em torno de 330 milhões de pessoas, convivem com a depressão e suas repercussões no cotidiano. No Brasil, um dos países com mais casos na América Latina, a depressão impacta nada menos do que cerca de 12 milhões de pessoas.
2º episódio da série Diálogos RHMED|RHVIDA: Protocolos em tempos de pandemia e cultura de saúde nas empresas
/em Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosA experiência de quem enfrentou com rigoroso planejamento a pandemia sem suspender suas atividades – nem mesmo as presenciais – e as orientações de quem ajuda empresas a se organizar no enfrentamento de situações de risco. Esse foi o panorama do segundo episódio da série “Diálogos RHMED|RHVIDA”, nessa quarta-feira (08/07). Elizeu Lucena, diretor de Saúde de Segurança, Meio Ambiente e Seguros do Carrefour Brasil, e Carlos Eduardo Meneses, gerente de Segurança do Trabalho da RHMED|RHVIDA, falaram sobre protocolos, boas práticas na gestão de risco, aprendizado e expectativas para a retomada da economia.
Coube, mais uma vez, ao CEO da RHMED|RHVIDA, Antonio Martin, mediar o debate “Cultura de saúde e segurança e as boas práticas em tempos de pandemia”, transmitindo perguntas da audiência e chamando atenção para a importância de cuidar das pessoas: “Só num ambiente verdadeiramente saudável nas empresas e no seu entorno, temos prosperidade”, disse já na abertura da webinar.
Antonio lembrou que, durante um curso feito em Harvard, o professor perguntou aos alunos se acreditavam que o CEO de um cruzeiro marítimo deveria se preocupar com a saúde de seus colaboradores em alto-mar. “Imagino que, se levantada hoje, essa questão teria um peso totalmente diferente. Hoje não há mais dúvidas de que os CEOs não podem prescindir dos cuidados com a saúde em hipótese alguma. Ninguém considera mais viver num ambiente com acidentes de trabalho, perda de saúde e óbitos. Todos – colaboradores, clientes e parceiros – querem trabalhar mais com empresas que tenham práticas positivas”, comentou.
Elizeu Lucena falou sobre a complexidade de lidar com o trabalho ininterrupto em 650 unidades do Carrefour no país, com mais de 80 mil pessoas alocadas em diferentes operações. “Foi complexo e exigiu planejamento e dinamismo”, ressaltou. Segundo ele, a saúde, que já era uma prioridade, passou a decidir questões estratégicas da empresa. “Como é forte nossa atuação na Europa, ligamos o alerta aqui no Brasil já no começo da pandemia, sempre com a esperança de que não passaríamos pela mesma situação, com a mesma gravidade. Infelizmente, não foi possível. Mas, quando a doença chegou por aqui, já tínhamos informações reunidas para cuidar de nossos colaboradores e clientes”, lembrou.
De acordo com Elizeu, a agilidade nas decisões e na execução fez a diferença. “No fim de fevereiro, com o primeiro caso no Brasil, já sabíamos que era possível monitorar nossos colaboradores e de que forma ajustar as operações. Precisávamos dos nossos funcionários saudáveis e também que o cliente tivesse segurança e confiança em nossas unidades”, recordando que o Carrefour foi um dos primeiros a adotar protetores de acrílico, álcool gel e máscaras.
Tecnologia a serviço da segurança nas empresas
A tecnologia foi destacada por Elizeu como um grande ganho em meio à crise. De acordo com o diretor, o trabalho remoto e as soluções digitais vieram para ficar. “Haverá, obrigatoriamente, uma revisão de processos, como capacidade de ocupação das unidades, padrão ultravioleta para higienização do produto, conferência de temperatura corporal de funcionários e clientes à entrada das unidades, entre outras”. Disse ainda que, em determinados locais, como no Piauí, a testagem dos colaboradores se tornou obrigatória. “O importante é priorizar a saúde das pessoas, com isolamento imediato e monitoramento dos funcionários sintomáticos”.
Carlos Eduardo Meneses concordou que o monitoramento feito pelas empresas cria um ambiente de segurança, principalmente na retomada. “Nossas equipes estão ajudando a conceber, estruturar e executar os planos de retomada das empresas de diferentes portes e setores de atividade. O cuidado com o colaborador deve regrar a retomada, além de manter o olhar nas relações sociais e rotina que ele tem fora da empresa”, afirmou.
Ele defendeu que o trabalho deve ser desenvolvido em pilares relacionados a pessoas, engenharia, protocolos e controle. “O principal pilar são as pessoas. Temos também a tecnologia, que deve estar voltada não só à prevenção, mas à operação, ao dia a dia em tempos de pandemia. É importante checar o quanto o que foi planejado está alinhado à realidade. O mapeamento de risco é super importante”, resumiu.
Carlos disse que se trata de um trabalho rico em detalhes, com o braço técnico da operação e várias outras áreas atuando juntos. E acrescentou: “Os planos de contingência – com criação de comitês e equipes multidisciplinar, de fato, ajudam a gerar formas eficazes de mitigar riscos. Com o tempo, os procedimentos farão parte da cultura da empresa, serão automáticos. Mas, mesmo assim, precisam ser controlados e analisados permanentemente. As coisas mudam rapidamente”, lembrou.
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RHMED|RHVIDA reúne especialistas em saúde na estreia série de encontros com dicas sobre planejamento na volta ao trabalho
/em Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosA RHMED|RHVIDA deu início na quarta-feira (17/06) a um novo canal de comunicação com clientes, parceiros e colaboradores. Com temas voltados à prevenção e ao controle do novo coronavírus na abertura da economia pós-isolamento social, a série de encontros virtuais “Diálogos RHMED|RHVIDA” discutiu temas relevantes para a volta ao trabalho presencial, priorizando fundamentalmente dois aspectos: saúde e segurança no ambiente de trabalho em tempos de pandemia.
Na estreia da série, mediada pelo CEO da empresa, Antonio Martin, participaram do debate o dr. Carlos Eduardo dos Santos Ferreira, presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), o dr. Evaldo Stanislau, médico infectologista do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP) e a dra. Marcia Fiore, médica do trabalho, otorrinolaringologista e diretora técnica da RHMED|RHVIDA.
Na abertura da transmissão, Martin chamou a atenção para a multiplicidade de atividades econômicas e a necessidade de criar procedimentos específicos direcionados a cada perfil de empresa. O CEO da RHMED|RHVIDA frisou a importância de compartilhar acertos e erros: “Temos aprendido com os nossos acertos, mas também com os erros. Estamos aqui para somar experiências”, resumiu.
Para a dra. Marcia Fiore, a primeira providência das empresas na volta ao trabalho deve ser o planejamento de um criterioso plano de contingência, que inclua entre suas estratégias a criação de comitês internos associados à direção da empresa e a comissões (Cipa, por exemplo). Estabelecer ações abrangentes voltadas à análise e à avaliação de risco, mapeamento de casos (suspeitos e confirmados) e protocolos operacionais de prevenção da doença. Como bater ponto? O que fazer com os bebedouros? Quase tudo vai precisar ser reavaliado.
A definição dos grupos de risco – pessoas com mais de 60 anos, hipertensos, obesos, diabéticos e pessoas com imunodeficiência – e monitoramento permanente dessa população por meio de exames clínicos e de plataformas de controle podem fazer toda a diferença, acredita a dra. Marcia. O controle da temperatura corporal no acesso às empresas também é essencial no combate à disseminação da covid-19.
“De acordo com o setor de atuação, cada empresa reúne suas necessidades e especificidades. Porém, há procedimentos de comprovada eficácia, como flexibilização de horários, estratégia de turnos alternados e o prolongamento do teletrabalho para determinadas funções”, disse.
Quanto à prevenção, Marcia recomenda práticas que minimizem o risco no ambiente de trabalho. Criar barreiras físicas à transmissão da doença, incentivar o distanciamento de, pelo menos, dois metros entre os postos de trabalho e a distribuição de EPIs aos colaboradores (máscaras, escudos faciais de acrílico e luvas, por exemplo) são fundamentais. “Entendo que reuniões presenciais devem ser abolidas”, afirmou.
O dr. Evaldo Stanislau chamou a atenção para o fato de estarmos numa pandemia, o que exige uma dinâmica diferente de tudo que já havia sido empregado na preservação da saúde dos colaboradores, de seus familiares e da sociedade em geral. “Tudo é muito inédito. Cada dia há uma nova informação sobre a doença”, observa. E completou: “O certo é que o vírus se transmite por proximidade. Sabemos também que ele sobrevive no ar por algum tempo e que, por isso, ambientes fechados são mais propensos à sua propagação. Portanto, o distanciamento e as barreiras físicas entre as pessoas no ambiente de trabalho são imprescindíveis. É um vírus de rápida transmissão, que atinge de formas diferentes as pessoas. As empresas devem planejar protocolos e buscar o diagnóstico precoce da doença em seus quadros, a fim de evitar a disseminação em suas equipes”, aconselha.
Segundo o patologista, não são só os sintomas dos funcionários que devem ser observados, mas também os de seus contatos. “É uma doença sistêmica, que atinge não só as vias aéreas, mas que compromete o funcionamento de diferentes órgãos, com consequências ainda desconhecidas no longo prazo. Ainda não sabemos quais serão as sequelas e como as empresas terão que aprender a lidar com elas. A detecção precoce e o monitoramento são importantes não só nos grandes centros, mas também em regiões mais remotas, onde a infraestrutura hospitalar é menor”, pondera, lembrando ainda que de 80% a 85% dos infectados apresentam sintomas brandos ou são assintomáticos.
Para dr. Stanislau, a telemedicina é uma importante aliada, especialmente em regiões remotas. “É preciso pensar na volta ao trabalho com antecedência e buscar todos os reforços possíveis – clínicos, estratégicos e operacionais – para zelar pela segurança e saúde dos trabalhadores”, recomendou.
Também defendendo atrações de prevenção, o dr. Carlos Eduardo falou de sua própria experiência, explicando que o vírus pode manter o poder de contágio mesmo após o prazo de quarentena. “A evolução não é a mesma, varia de paciente para paciente. Alguns apresentam alta concentração do vírus, que se estende por semanas. Eu, por exemplo, tive um conjunto de sintomas e há pessoas que não dão qualquer sinal de que tiveram contato com a doença, mas, mesmo assim, são capazes de transmiti-la”, esclareceu.
O infectologista diz que diferentes fatores podem ser levados em conta na volta às atividades econômicas. As empresas grandes, segundo ele, devem optar pela testagem padrão ouro, capaz de avaliar a presença do vírus mesmo nos assintomáticos. De acordo com o dr. Carlos Eduardo, muitas organizações compraram testes sem qualquer pesquisa, consulta a especialistas ou planejamento. “A compra pode ter sido em vão, já que há testes rápidos que detectam só a presença de anticorpos. Ou seja, há uma janela perigosa capaz de levar à contaminação de mais pessoas na empresa. É o chamado falso negativo”, disse.
Além da testagem, ele recomenda a triagem clínica na volta ao trabalho, com a observação de todos os protocolos de proteção já citados pelos demais debatedores.
Confira a estreia da série “Diálogos RHMED|RHVIDA” na íntegra, acesse o link aqui.