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20 de Fevereiro. Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo
/em Artigos, Diálogo Saúde e Segurança /por Bertules SantosHoje, dia 20 de fevereiro, é o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. A data é uma oportunidade para que a sociedade e empresas reforcem e promovam a conscientização da dependência de drogas lícitas ou ilícitas como uma doença, conforme preconiza a Organização Mundial da Saúde (OMS). Segundo cálculos do Banco Interamericano do Desenvolvimento (BID), o Brasil perde anualmente algo em torno de US$ 19 bilhões por absenteísmo, acidentes e enfermidades causadas pelo uso drogas, inclusive o álcool.
Calcula-se que entre 20% a 25% dos acidentes de trabalho envolvam usuários. Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a dependência química chega a afetar 15% dos empregados, aumentando em cinco vezes as chances de acidentes de trabalho. Dados demonstram ainda que o consumo de álcool e drogas é responsável por metade do total de licenças médicas e faltas ao trabalho, aumentando significativamente os custos para a organização.
O uso de álcool e outras substâncias para busca de prazer ou para amenizar o sofrimento acompanha a história da humanidade desde seus primórdios.
Nos últimos anos houve uma grande evolução do conhecimento científico sobre como estas substâncias afetam nosso corpo e a importância do contexto social em que são consumidas.
Apesar dos avanços em conscientização, ainda prevalece, em parte da população, o conceito ultrapassado que atribui à droga em si e ao caráter do usuário a responsabilidade pelos problemas associados ao uso. Este conceito errôneo leva a intervenções inadequadas e ineficientes.
Com informação e conteúdos relevantes é possível prevenir o uso de drogas e alcoolismo entre os colaboradores. Há formas efetivas também de ajudar na recuperação e na reintegração ao ambiente laboral de pessoas afetadas pelo problema. Faz-se necessário, primeiramente, que o trabalhador reconheça e assuma a condição de dependente para que os demais passos para sua recuperação sejam dados.
Tratamento
Quem necessita de tratamento devido ao abuso de álcool e outras drogas pode contar com a ajuda nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas). O atendimento conta com equipes compostas por médico psiquiatra, clínico geral, psicólogos, dentre outros.
Abandonar o vício é extremante difícil, mas não impossível.
E o que fazer quando um familiar ou amigo se torna um dependente de drogas ilícitas ou lícitas?
Esta é uma questão importante, pois a dependência de um ente ou familiar não apenas afeta o organismo de quem adquire o vício, mas também seu comportamento, impactando negativamente seu convívio em sociedade.
O dependente passa pelo estágio da negação, ou seja, resiste ao fato de sê-lo. Cabe aos familiares e amigos ajudarem-no a aceitar a dependência e convencê-lo da necessidade de ajuda.
Vencido este estágio, o paciente e a família podem procurar grupos virtuais ou presenciais como os Alcoólicos Anônimos (A.A.) e o Narcóticos Anônimos (N.A.). Para os familiares, há os grupos AL-ANOM e NAR-ANOM.
Como combater?
- Aprender a dizer “não” quando drogas lhe são oferecidas;
- Procurar ajuda ou a companhia de amigos ou da família quando a vontade de consumir álcool ou drogas está muito forte;
- Buscar novos interesses e atividades de lazer;
- Praticar atividades físicas;
- Fazer novas amizades;
- Mudar de cidade, escola ou local de trabalho.
Estudar e conhecer o comportamento do dependente e de quem o acompanha é muito importante. Isso ajuda na busca de atitudes eficazes para o dia a dia, colaborando para a recuperação.
Prevenir é melhor do que remediar
Para que crianças e adolescentes não corram o risco de tornarem-se dependentes, os responsáveis devem orientá-los sobre os malefícios da dependência.
Mas atenção! É preciso ter o cuidado de não colocar a questão de forma preconceituosa.
Uma boa sugestão é introduzir o assunto no contexto de perguntas sobre hábitos alimentares.
A conversa franca entre os responsáveis e suas crianças e jovens é ainda a melhor solução.
Abrace esta causa! Cuide-se, previna-se e ajude também, a quem você ama!
Fontes: Ministério da Saúde, Unifesp, Organização Pastoral da Criança
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