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Burnout: Saúde Mental está na ordem do dia

Passado o Setembro Amarelo, não podemos deixar para trás a preocupação com a saúde mental. A campanha é um esforço para dar visibilidade tema, mas o que importa mesmo é como lidamos com tais problemas no dia a dia. Discutir o assunto é cada vez mais urgente, especialmente em um momento em que o mercado retoma suas atividades presenciais depois de longa período de isolamento social e incertezas.

Casos de estresse e esgotamento mental têm sido mais frequentes, mesmo em esquema home office, comumente associado a condições amenas de trabalho. Recente pesquisa do International Stress Management Association (Isma) indica que o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de pessoas afetadas pela Síndrome de Burnout, cuja características principal é o alto nível de estresse.

A RHMED|RHVIDA entende que, para além dos protocolos sanitários essenciais, é crucial zelar pela saúde psicológica dos colaboradores neste momento. Para os clientes que nos sinalizaram crescente preocupação em relação ao acolhimento adequado de suas equipes, disponibilizamos uma ferramenta para a avaliação da saúde mental como complemento dos exames ocupacionais, a fim de identificar precocemente algum transtorno. Temos a responsabilidade de levar qualidade de vida aos trabalhadores e às suas famílias.

 A Síndrome de Burnout atinge mais de 33 milhões de brasileiros

O cenário de estresse intenso ocasionado pela pandemia, pelo período de isolamento e as atuais condições de trabalho é um motivo de preocupação para especialistas em saúde e líderes empresariais.

A síndrome se caracteriza por picos de estresses recorrentes, exaustão, sentimentos negativos em relação ao trabalho e esgotamento mental. É um déficit psicológico desencadeado por enorme tensão emocional crônica.

De acordo com a Isma, no ano passado, antes mesmo da pandemia, 33 milhões de pessoas já eram afetadas pela síndrome no Brasil. Os números são tão alarmantes que, a partir de 2022, será inserida na Classificação Internacional de Doenças (CID-11).

E quais os sinais do Burnout? Desinteresse pelo trabalho, falta de concentração, baixa autoestima, lapsos de memória, irritabilidade, insônia, fadiga, desânimo e dores pelo corpo são apenas alguns do sintomas. O diagnóstico da doença – já reconhecida como laboral – não é algo fácil, pois se assemelha a várias outras, como depressão, ansiedade e pânico. Dois fatores surgem como determinantes: genética e ambiente.

Todos juntos no combate à doença

As empresas têm responsabilidade fundamental na criação e manutenção de um clima saudável, com relações respeitosas. Fortalecer uma cultura corporativa saudável e seguir os padrões de compliance são formas de garantir uma governança corporativa eficiente. Ações educativas, palestras, campanhas, treinamento, canais de escuta e ouvidoria, monitoramento e punição em casos de abuso são ações mais que bem-vindas, são necessárias.

O comprometimento da alta gestão é fundamental. Os líderes podem e devem incentivar uma cultura corporativa sadia e se manterem atentos para qualquer sinal de desequilíbrio emocional dentro das suas equipes.

Essa cultura saudável tem como consequência um ambiente agradável, capaz de reter colaboradores eficientes. Além disso, maiores lucros. Quando adoecem, os trabalhadores faltam, produzem menos ou se afastam do trabalho. Isso gera custos previdenciários, de contratação e treinamento de substitutos, baixa de produtividade, entre outros. Identificar precocemente algum transtorno, orientar e acompanhar os trabalhadores para restabelecer o seu bem-estar é benéfico para empresas, funcionários e sociedade, como um todo.

Imagem: Fonte OMS