Esse ano, pela primeira vez, vamos celebrar o Dia da Consciência Negra (20/11) como feriado nacional no Brasil. A data já era feriado em cerca de 1,2 mil cidades e em seis estados, entre eles Rio de Janeiro e São Paulo, e promove a reflexão e valorização da cultura afro-brasileira. Além disso, homenageia a memória de Zumbi dos Palmares, nome importante da resistência negra contra a escravidão no país.
Refletir sobre os desafios enfrentados pela população negra, incluindo as manifestações de racismo nas empresas, deve perdurar durante os outros 364 dias do ano e não apenas um dia. Essas reflexões são fundamentais para a compreensão das origens da sociedade brasileira.
No ambiente de trabalho, o racismo continua a ser um problema relevante. De acordo com um estudo realizado pela CNN Brasil em 2022, com mais de 4 mil pessoas em sete países, incluindo o Brasil, cerca de 75% das empresas identificam o racismo como a principal forma de discriminação em seus ambientes corporativos. O estudo também aponta que, embora haja esforços em algumas empresas para promover a diversidade e inclusão, ainda há muitos desafios a serem superados.
Adotar práticas antirracistas deve ser uma diretriz entre organizações que reconheçam seu papel em busca de equidade. Aqui na RHMED, quando aderimos ao Pacto Global da ONU, em 2020, nos alinhamos a cinco ODS e entre eles está o ODS 10 que fala sobre a Redução das Desigualdades. Em 2022, por exemplo, quase 39% dos jovens aprendizes eram considerados da raça preta, seguido de 27% da raça branca. No nosso montante de colaboradores, à época, mais de 50% eram considerados pretos e pardos.
As empresas podem, e devem, adotar algumas ações para inserir essa pauta no cotidiano. Ampliar a diversidade racial nas empresas depende de ações constantes como, por exemplo, valorizar a cultura negra abordando o protagonismo negro no cinema, música, culinária e etc; promover palestras e rodas de conversas; trocar livros de autores negros e realizar treinamentos antirracistas.
Superar o racismo exige esforço contínuo de toda a sociedade. Somente a partir de ações efetivas, e estruturais, teremos as reais condições para a cura dessa ferida nacional.
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