Dia Internacional da Mulher: elas fazem a diferença!
O Dia Internacional da Mulher é uma ótima oportunidade para homenagear as colaboradoras – cada vez mais numerosas em diferentes segmentos econômicos – assim como de discutir saúde, segurança no trabalho e equidade de gênero dentro das empresas. É importante que as organizações desenvolvam em torno das trabalhadoras os sentimentos de respeito e acolhimento, proporcionando-lhes condições favoráveis para alcançar todo potencial e satisfação profissional.
A criação da data está ligada à luta feminista por direitos civis e trabalhistas de igualdade na virada do século XIX para o XX. Surgida primeiramente nos Estados Unidos e na Europa, a data acabou esquecida, voltando com força total em meados dos anos 1970, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 8 de março para marcar anualmente as comemorações.
No Brasil, um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) prevê que, até 2030, a participação feminina no mercado de trabalho em nosso país cresça mais do que a masculina. Os pesquisadores estimam que, daqui a 11 anos, 64,3% das mulheres consideradas em idade ativa, entre 17 e 70 anos, estarão empregados ou buscando trabalho. No início da década de 1990, a parcela era menor, em torno de 56%. Já a participação masculina deverá encolher nos próximos dez anos, passando de 89,6% a 82,7%.
RHMED: empresas devem valorizar a força feminina no mercado
As mulheres são uma potência no mercado, com cada vez mais espaço em cargos estratégicos ou de comando. No entanto, há características e peculiaridades próprias ao contingente feminino das empresas que não podem ser ignoradas. Mulheres, em boa parte das situações, são chefes de família e exercem dupla jornada. Não raramente ganham menos do que seus colegas de trabalho homens e enfrentam preconceito e situações de assédio no ambiente de trabalho. Condições de igualdade representam ainda um desafio a ser enfrentado pelas organizações no Brasil.
Como fazer com que as mulheres, apesar das adversidades, se sintam prontas para buscar o crescimento profissional?
Em primeiro lugar, é bom entender que as empresas ganham ao estimular suas colaboradoras a denunciarem qualquer situação discriminatória ou de abuso. Portanto, é preciso que elas se sintam à vontade para reclamar e sugerir caminhos de mudança na política de relacionamento das empresas. As corporações devem também incentivar os demais colaboradores – inclusive homens – a denunciarem situações desrespeitosas com suas companheiras de trabalho. Uma empresa que tem um clima saudável em seu dia a dia, amistoso e justo melhora seus índices de satisfação e, consequentemente, sua produção, imagem interna e externa.
Promover a autoestima entre as funcionárias, assim como o senso crítico e a participação das equipes, é essencial para que elas se sintam importantes no desenvolvimento da organização, parte fundamental da engrenagem de crescimento.
Ações que fazem a diferença na rotina de trabalho
– Não deixar a data passar em banco nas empresas é importante. Pode-se aproveitar o Dia Internacional da Mulher para promover informes internos e redes sociais, com hashtags e links que falem da importância das mulheres na sociedade, dos direitos femininos, ações ligadas a campanhas de saúde feminina. Que todos – mulheres e homens – tenham acesso a telefones úteis, para denunciar casos de assédio e violência (verbal ou física), enfim, tudo que fira os direitos das colaboradoras.
– Elogios e reconhecimento são sempre bem-vindos na formação da autoestima das funcionárias.
– Criar condições internas para que mulheres se sintam suportadas em suas necessidades é fundamental (salas de amamentar, calendário de exames médicos periódicos e flexibilização de horários, campanhas de vacinação com informações relevantes que se estendam também ao bem-estar das famílias etc).
– Uma boa ideia é promover palestras sobre a participação feminina nas empresas, a importância da igualdade no ambiente de trabalho, saúde da mulher e violência contra mulher (como identificar, denunciar e apoiar).
– Outra dica é incentivar as colaboradoras a buscarem cursos de capacitação e a se mostrarem competitivas no preenchimento de cargos.