Estamos no setembro amarelo, quando realizamos uma campanha fundamental para a conscientização e prevenção do suicídio. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2019 foram registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar as subnotificações. O número no Brasil chega aproximadamente a 14 mil casos por ano, ou seja, a cada dia, em média 38 pessoas tiram a própria vida.

Apesar de a campanha não ter como foco específico os trabalhadores, o ambiente de trabalho também é relevante. Segundo dados da Previdência Social, a terceira maior causa de afastamentos por auxílio-doença acidentário está relacionada aos transtornos mentais. Como reflexo, o Governo Federal atualizou a NR-01, que passou a incluir riscos psicossociais. No entanto, vale lembrar que os problemas que envolvem a saúde mental podem ter várias causas como, por exemplo, problemas familiares, doenças, violência doméstica, questões financeiras, falta de segurança pública e até o trabalho.

Como as consequências dos transtornos mentais afetam a produtividade do profissional acometido, o papel do líder nunca foi tão necessário. Apesar do ambiente de trabalho, na maioria das vezes, não ter ligação direta com o quadro psicológico do colaborador, é muito importante estar atento à equipe. É preciso criar mecanismos de gestão participativa, com espaços coletivos de escuta, de discussão do trabalho e de seu andamento, desenvolvendo uma cultura de transparência e, principalmente, de acolhimento.

“Estamos num mundo competitivo onde existe a pressão por resultados, mas ouvir o próximo nunca foi tão importante. Muitas vezes os colaboradores têm problemas que nem imaginamos e isso atinge o seu rendimento no trabalho tanto de forma positiva quanto negativa. Ele pode querer trabalhar muito para não pensar nos problemas ou, simplesmente, não conseguir render como gostaria. Mas isso não significa que a causa desses problemas esteja no ambiente de trabalho”, explica o CEO da RHMED, Antonio Martin.

Em 2022, a RHMED aderiu ao movimento de empresas que reconhecem a importância da saúde mental no ambiente de trabalho, o Mente em Foco. A iniciativa é liderada pela Rede Brasil do Pacto Global, da qual a empresa já é signatária, e busca agir em benefício de seus colaboradores e da sociedade, para combater o estigma e o preconceito social ao redor do assunto.

“Temos ainda o programa VivaMente na RHMED, comandado por psicóloga e psiquiatra, e fizemos, recentemente, um mapeamento digital sobre saúde mental. Estamos sempre ouvindo os nossos colaboradores, tentando entender o perfil e problemas para que possamos avaliar a melhor maneira de ajudá-los”, conclui Martin.

E o que a sua empresa tem feito pela saúde mental de sua equipe?