Enchentes: Como proteger empresas e funcionários até debaixo d’água
Especialistas já admitem que fenômenos meteorológicos extremos – como chuvas muito intensas concentradas em curto espaço de tempo – passarão a ser o “novo normal” no país. Temos que nos adaptar o quanto antes à nova realidade e buscar soluções por meio da observação dos fatos e de suas consequências. No Sudeste, as últimas tempestades deixaram rastros de enchentes e destruição em diversas cidades. Além de prejuízos materiais, assistimos com maior tristeza as perdas de vidas.
Não nos cabe aqui elocubrar sobre o que poderia ou não ter sido feito pelo Poder Público para impedir enchentes, deslizamentos de encostas, nós no trânsito e desabamento de casas. O que nos cabe é levar você a pensar como a sua empresa pode minimizar os impactos negativos dos fenômenos climáticos na segurança e na saúde dos colaboradores.
Elencamos aqui uma série de medidas simples e efetivas que devem ser implantadas em sua organização para enfrentar o período de chuvas intensas, sem comprometer a produtividade ou pôr em risco a vida de seus trabalhadores.
Qual a causa das enchentes?
O nosso blog já abordou algumas vezes a importância de preservar o meio ambiente para garantir a saúde das pessoas e do planeta. As mudanças climáticas estão entre as consequências de uma série de atitudes imprudentes do homem em relação ao seu habitat.
Então, comece – ou intensifique – as discussões internas sobre sustentabilidade: redução do uso de material descartável e de outros produtos poluentes; diminuição do consumo de papel sempre que possível; introdução de materiais biodegradáveis; utilização de energia limpa; economia de água e luz; combate ao desperdício de alimentos; incentivo ao uso de transporte público ou bicicletas; coleta seletiva de lixo; reciclagem de resíduos e uso de pilhas recarregáveis, entre outras mudanças de comportamento.
Parece pouco, mas não é. Conseguir o engajamento de funcionários vai fazer toda a diferença no médio e longo prazo. Eles precisam se sentir à vontade para dar sugestões, tanto aos colegas de trabalho quanto aos gestores da empresa. O que eles fixarem de aprendizado e comprometimento com o meio ambiente será reproduzido na sociedade. Primeiro, junto às suas próprias famílias e amigos. Depois, ao bairro onde moram e por aí vai…
De olho na meteorologia
É importante que a empresa fique atenta aos boletins meteorológicos a fim de evitar que seus funcionários se exponham a riscos desnecessários. Sempre que possível, pode-se incentivar o sistema de home office nos dias de temporal. Se for imprescindível a presença do colaborador naquele dia, a sugestão é que se flexibilize horário. Cabe lançar mão também de folgas para aqueles que residem em lugares mais longínquos e áreas de risco.
Numa primeira análise, você pode pensar que está perdendo dinheiro, atrasando a produção e coisas assim. Mas, na verdade, você está cuidando de vidas. Não há bem maior! Concentrar a produção entre aqueles que moram perto da companhia é uma forma racional de lidar com o problema e evitar apreensão e dor às famílias.
Além disso, quando o funcionário passa horas no trânsito, correndo riscos e sob pressão do horário, ao chegar à empresa a probabilidade de acidentes por cansaço ou desatenção e de mal-estar nas relações de trabalho cresce sensivelmente.
Prevenção de riscos e doenças
Em palestras e newsletters internas, exponha aos colaboradores qual a melhor forma de cuida da segurança no deslocamento para o trabalho ou na volta para casa.
Confira:
– Manter distância de redes e aparelhos elétricos.
– Se estiver de carro, não forçar a passagem em áreas de enchentes. Procure um lugar alto e seguro para estacionar e aguardar a chuva passar.
– Não ficar debaixo de árvores, à beira-mar (assim como rios e lagos) ou lugares descampados.
– Procurar sempre um lugar seguro para se abrigar.
– Não andar em áreas alagadas para evitar o risco de contrair doenças, como leptospirose, hepatite A, dermatites etc. Se não houver outro jeito, tentar protegê-los com sacos plásticos.
– Desinfete calçados e roupas ao chegar em casa. Tome um banho.
– Em caso de contato com a água suja ou lama, recomenda-se a vacinação contra hepatite A.