Comunicação ajuda a afastar estresse do ambiente de trabalho
A sociedade contemporânea exige muito do indivíduo. São obrigações familiares, contas a pagar, percalços financeiros, congestionamentos intermináveis no trânsito, falta de segurança nas ruas… Enfim, poderíamos preencher uma tela inteira só com questões que fazem o nosso dia ficar cada vez mais curto e a nossa lista de tarefas cada vez mais longa.
E como o ambiente de trabalho interfere no nosso nível de estresse?
Grande parte dos gestores já se conscientizou de que o desafio não reside em tirar a qualquer preço o máximo das habilidades de seus colaboradores. Mas fazer com que elas as manifestem plenamente, de forma natural, por meio de estímulo, reconhecimento e planejamento adequado. A chave está em gerir a carga de exigência sobre cada um e observar a forma com que reagem às situações mais críticas.
Se o funcionário já recebe sua dose diária de pressão de fatores externos – e também cobranças internas – por que não transformar o espaço laboral num lugar de criatividade, parceria e crescimento?
A chave é, mais uma vez, a comunicação.
A corporação ganha muito ao se empenhar em conhecer seus colaboradores, seus objetivos e dificuldades. Sem comunicação, fica difícil diagnosticar as fontes de estresse. Saber quem são os funcionários mais suscetíveis à tensão e chegar rapidamente a soluções viáveis para evitar que o problema contamina toda a equipe. Informação correta funciona como antídoto contra retrabalho, fofocas, atritos e males, como dores musculares, enxaquecas, insônia, irritabilidade, entre outros.
Montanha-russa emocional mina relações corporativas
Cumprir metas, superar dificuldades e inovar merecem ser encarados e geridos como um exercício de superação, e não como provação. Climas hostis e insustentáveis minam as energias da equipe, desestabilizam lideranças e transformam o ambiente de trabalho numa montanha-russa emocional. Exagero? Não mesmo.
O estresse tem força para comprometer o desempenho profissional. Desperdiçar talentos e trazer reflexos nocivos à saúde – humana e econômica – da organização. Reação ancestral às situações de risco e considerado o “mal do século”. O estresse figura entre os gatilhos mais conhecidos de doenças ocupacionais, causa frequente de absenteísmo, dispersão, desunião entre colaboradores e pedidos de demissão.
Não há gestor que queira isso para a sua corporação. Não há corporação que funcione satisfatoriamente contaminada pelo estresse. Mesmo que o problema não tenha origem no trabalho, é possível ajudar o colaborar a identificá-lo e combatê-lo já aos primeiros sinais.
RHMED|RHVIDA ajuda a reconhecer e dimensionar o problema
Mas, afinal quais procedimentos uma empresa precisa implantar para assegurar altos índices de produtividade sem afetar o bem-estar e o relacionamento cooperativo entre os funcionários?
A pressão, num grau tolerável, faz parte do cumprimento de tarefas, é natural. Prazos, cobranças e críticas alimentam o processo. Um gestor cauteloso está sempre atento às reações de seus funcionários. Incentivando que os líderes imediatos também fiquem ligados às primeiras manifestações de nervosismo.
Quanto mais cedo for detectada a fonte de estresse. Mais rapidamente também será apresentada uma solução sob medida para o problema. Quanto mais amparado se sentir o funcionário, mais confiante, tranquilo e produtivo ele se tornará.
Pesquisas internas podem ajudar a sanear o problema na raiz. Evitando o esgotamento dos colaboradores no médio e longo prazo. É bom redobrar a atenção ainda com o espaço físico da empresa: problemas de ergonomia, poluição sonora e iluminação insuficiente (ou demasiada) acentuam o estresse e reforçam a sensação de desconforto.
O aspecto emocional não pode ser desprezado. Sintomas surgem em conversas ou na observação de reações durante a jornada de trabalho, como irritabilidade, isolamento, ansiedade e depressão. Os departamentos médicos pode se manter atentos ainda a reclamações frequentes de dor de cabeça, tensões musculares, cansaço crônico, desânimo, hipertensão, alergias, insônia, dificuldade de concentração e problemas gastrointestinais e cardiorrespiratórios.
Quais as causas frequentes de estresse?
– Treinamentos, workshops, cursos, dinâmicas de grupo, palestras… Tudo isso cria um clima de motivação e desenvolvimento. Empresas que investem em seus colaboradores criam atmosfera amistosa, baseada na confiança e na perspectiva de crescimento profissional e progressão salarial.
– Nem sempre a origem do estresse está no ambiente de trabalho, como já dissemos. É importante que as empresas prestem atenção ao indivíduo, e não apenas ao funcionário. O colaborador é capital humano relevante e exige atenção integral.
– Em períodos de crise econômica, as dificuldades financeiras respingam no clima do ambiente de trabalho. Dar consultoria e dicas de educação financeira aos funcionários cria uma parceria benéfica. Sinceridade na discussão de questões salariais é recomendável também, já que regras e processos claramente determinados eliminam incertezas e desestimulam boatos.
– Trabalhadores permanentemente conectados têm também mais propensão ao estresse. É importante detectar os motivos que o estão levando a extrapolar sua jornada padrão de trabalho.
– Mobilidade é um dos graves problemas urbanos nas grandes cidades. O longo tempo perdido em engarrafamentos pode estar na origem do estresse. Empresas podem estimular o uso de bicicletas ou verificar a melhor maneira de facilitar a vida do funcionário (adequação de horário, por exemplo).
– Informações desencontradas, demandas inexatas, falta de prioridade, mudanças de prazos, críticas públicas, grosserias, ausência de parceria e incertezas nas metas são prejudiciais à confiança dos colaboradores no projeto e podem desencadear o estresse. Vale lembrar que, quase sempre, um colaborar estressado gera um efeito dominó, contagiando a equipe e confundindo as lideranças. Melhor prevenir do que correr atrás do prejuízo.
– Metas impossíveis de cumprir não representam um desafio, mas apenas sinal de insensatez. Ninguém sabe melhor do que o próprio colaborador se é possível ou não entregar a demanda no prazo previsto. As relações de trabalho exigem confiança mútua. Ouvir, argumentar, estimular, delegar e oferecer soluções fazem toda diferença no resultado final.
– Estimular exercícios físicos e lazer nas horas vagas ajuda os colaboradores a se manterem saudáveis e dispostos também para o trabalho.
– Exames clínicos ou mesmo conversas com profissionais de saúde e psicólogos podem sinalizar futuros problemas causados pelo estresse, como depressão, fobias, doenças psicossomáticas ou ocupacionais, principalmente as resultantes de esforços repetitivos. Campanhas antitabagismo e estímulo ao consumo de alimentos saudáveis aumentam a sensação de bem-estar na equipe.